Sunday, December 18, 2005


Quando o teu heroi morre
E quando o pano cai,
Quando o dia chega,
A tua camisa preta

...E tudo o que eras
Tudo o que foste...

De onde vens,
Para onde foste,
Caiem-te lágrimas secas
Numa mentira, desgosto.

E tudo o que és
Tudo o que sou!

Da dor que minh'alma não sente
Pois a mentira não é presente
Tudo não foi
Nada se sente.

''O ROMANTICO''

Friday, December 02, 2005

Segue-se aqui um esquisso do que será a composição da peça... Como ainda está a ser escrita não consigo explicar por inteiro o percurso de cada personagem visto muitos ainda não existirem no papel... Peço a todos os que leiam este post que se lembrem que este ainda é só um mero esquisso... e apelo-vos a deixarem sugestões... serão lidas e ponderadas e até posteriormente discutidas com o autor do comment... Aos meus colegas de blogue peço-vos também que se lembrem que isto é só um esquisso... ainda... e que estão livres de editar o meu post para fazerem as alterações que acharem ser necessárias... Por favor não apaguem o original... Acrescentem à frente a vermelho... ou uma côr qualquer... Quando fizerem alguma alteração identifiquem-se. (B. Brecht).

Obrigado pelo vosso tempo...

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Homem Velho/Criança. Homem que desde o início da sua vida sempre se sentiu mentalmente velho e responsável e que agora ao chegar à velhice o que mais quer é ser criança outra vez. No fim há uma espécie de Reencontro consigo enquanto criança.

Alguém que anseia pela sua Liberdade

Homem independente que mostra a sua faceta de Durão quando na verdade não o é.

Uma rapariga de quem se espera que seja a melhor a tudo mas que tem medo de não corresponder às expectativas criadas em torno de si.

Uma rapariga que procura o amor da sua vida.

O namorado que já não quer mais namorar.

Um rapaz que teve um grande desgosto amoroso.

Alguém que se sente deslocado deste mundo de doidos.

A rapariga considerada a líder do seu grupo mas que, secretamente, inveja as suas amigas.

A amiga rica de quem toda gente gosta só pelo facto de ela ter dinheiro. Sabe-o mas não quer acreditar.

Uma rapariga de quem nunca ninguém gostou e que se refugia nas amigas. Considera-se um “patinho feio”.

A degradação física e moral de um drogado. Desde o primeiro charro até à overdose final.

Cenário:
O mais minimalista possível ao estilo de Brecht para não criar grande ruído visual. Poucas luzes se possível muito pouco iluminado, por vezes só o follow spot no interveniente do momento para realçar a ideia que estamos perante uma confissão… Uma espécie de introspecção. Cores se possível puxar muito os tons azulados e púrpuras visto serem cores consideradas “depressivas/deprimentes” para ajudarem, ainda que sub-concientemente, o espectador a entrar na “cabeça” dos protagonistas.

Talvez algumas (poucas) projecções no fundo com fotos de pedaços da história que as personagens se referem brevemente, só para nos localizar, a nós espectadores, e nos mostrar os entretantos.
Talvez projecções de pequenos videos +/-30seg(Mestre Almada)

Projecções

Os textos são todos escritos em tom intimisto-confessional. E raramente há contra-cena. Acabam por ser monólogos dialogados onde o que uma personagem nos “confessa” no início ser-lhe-á respondido mais tarde. Sempre escrito num tom coloquial/apostrófico.
Deus, será aqui referido como ''La Vache'' ou ''Une Vache'' (dependendo do contexto)
Numca aparece, e é temido por todos excepto pelo drogado e quando é referido é sempre sob a forma de aparição e sempre com temor a tal aparição. (Mestre Almada)


Talvez tenhamos que pôr idade mínima para entrar... :( estive a pensar um pouco e são tratados aqui temas pesados... E estão a ficar no papel alguns, ainda que poucos, vocábulos mais "violentos"... (B. Brecht)